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Quando comprar se torna uma compulsão?

Nos dias atuais, com tanta pressão no ambiente em que vivemos e em meio a diversas tentações, pode parecer natural ceder ao impulso de “nos presentearmos”. Além disso, recebemos estímulos sensoriais nas mídias digitais, televisão e nas ruas, incentivando o consumo desenfreado com promoções “imperdíveis” de produtos que, muitas vezes, nem precisamos.


Todos esses fatores contribuem para que uma compulsão por compras se desenvolva. Isto é, quando o ato de comprar se torna uma doença que pode gerar consequências gravíssimas para a vida do paciente. Mais do que desordem financeira, essa compulsividade costuma esconder outros problemas, como depressão, transtorno afetivo bipolar ou ansiedade.


Neste artigo, falamos sobre como o prazer em comprar se transforma em uma compulsividade e como procurar por um tratamento adequado. Acompanhe a leitura para conferir!


Quais são os sintomas da compulsividade por comprar?


A compulsão por compras é uma doença que tem até nome: oniomania ou Transtorno de Compras Compulsivas (TCC). A seguir você verá os principais sintomas que o paciente que sofre desse distúrbio costuma apresentar:

  • compras escondidas — o comprador compulsivo, na maioria dos casos, sabe que está passando dos limites e, geralmente, enfrenta problemas com as pessoas à sua volta por causa dos gastos excessivos. Por isso, para evitar censura e brigas, é comum que esconda suas aquisições da família ou de amigos;

  • descontrole financeiro — a pessoa compra por impulso, ou seja, sem pensar nas consequências que chegarão a curto ou longo prazo, e tampouco fazendo algum tipo de planejamento;

  • desejo pelo consumo — o indivíduo que sofre desse distúrbio compulsivo não tem interesse direto pelos bens adquiridos, mas sim pelo prazer gerado no ato de consumo. Portanto, é comum que compre coisas que não precisa a ponto de não se lembrar que as comprou;

  • felicidade no momento da compra — o ato de comprar está ligado a outras emoções, o que leva muitas pessoas a comprarem com a intenção de suprimir sentimentos negativos dos quais querem se livrar.


Ao consumir, uma sensação momentânea de alegria é gerada, fazendo com a pessoa esqueça de outros problemas e tristezas, e o cérebro interpreta como uma recompensa, o que acaba levando o consumo a se tornar um vício.


Como superar a compulsão por compras?

Caso você tenha identificado algum dos sintomas mencionados no tópico anterior, saiba que já deu o primeiro passo em direção ao caminho certo, pois a autopercepção é uma das formas de vencer a compulsividade por comprar.


Admitir que existe uma excessividade de consumo — e que isso causa problemas financeiros e sociais — é crucial para que o hábito seja superado. É necessário olhar para si de maneira respeitosa e imparcial, com o objetivo de identificar o que exatamente você está tentando preencher com as compras.


O fato é que o corpo libera endorfina — o hormônio do prazer — quando realizamos uma compra. Por isso, é coerente se perguntar:

  • por que procuro felicidade realizando compras?

  • estou utilizando o consumo como estratégia para suprimir emoções negativas?

  • qual vazio tento preencher com isso?

  • tenho baixa autoestima ou identidade frágil?


Como o apoio profissional pode ajudar?


A compulsão por compras é uma doença tão séria que muitas pessoas podem vir a sofrer crises de abstinência quando passam por longos períodos sem comprar. Existem grupos de “devedores anônimos”, que atuam da mesma forma como aqueles destinados a ajudar pessoas com vícios em álcool e drogas.


Isso significa que o consumo excessivo deve ser encarado como um problema grave, pois pode ser um sinal indicativo de que existem questões mais sérias que o indivíduo está passando ou tentando evitar, como já foi mencionado.


Sendo assim, é fundamental procurar o auxílio de um terapeuta, já que a terapia é a maneira mais recomendada de encontrar as respostas e tratar o transtorno obssessivo por compras.


A compulsividade pelo consumo é um problema de saúde e deve ser enfrentado como tal. Se você se identificou com os sintomas abordados no artigo ou se conhece alguém com essas características, não negligencie a situação.


Se você se interessou por este artigo, talvez também goste do nosso post sobre como lidar com alguém com depressão.

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